Em
2016, A resistência, de Julián Fuks, foi um dos livros nacionais
mais celebrados: lançado em 2015, foi eleito o Livro do Ano de ficção pelo
Prêmio Jabuti e ficou também com o segundo lugar no Oceanos (antigo Portugal
Telecom). Agora, ele coloca mais uma importante premiação na sua lista: o
Prêmio Literário José Saramago, anunciado nesta quarta-feira na sede da Fundação José
Saramago.
Criada em
1999 e entregue bianualmente, a premiação já elegeu nomes como Adriana Lisboa,
José Luís Peixoto, Gonçalo M. Tavares e Valter Hugo Mãe, e é destinado a jovens
escritores, com menos de 35 anos.
Em A
resistência, Julián Fuks apresenta uma expedição pessoal ao passado -
político e emocional - de uma família latino-americana às voltas com uma feroz
ditadura e com a agridoce experiência do exílio.
Para Ana Paula Tavares, membro
do júri do Prêmio Literário José Saramago, "o livro de Julián Fuks é uma
história com várias histórias dentro e o ato de narrar desvela o nó das
convergências que só se percebe pelo alinhamento da palavra em torno do que diz
e do que esconde esse pacto da memória que toda a família transporta e passa de
geração em geração".
Já para António Mega Ferreira, que também compõe o
júri, "há tantas coisas neste curto romance, tantas e tão desafiantes,
que, às vezes, parece que a narrativa vai implodir. Mas não: com mestria
literária notável, o autor suspende os momentos suscetíveis de desencadear as
catástrofes à beira de qualquer desenlace, porque o romance não deve ser mais
cruel do que a vida".
* Via Companhia das Letras
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